terça-feira, 12 de julho de 2011

Caipiro Rock


















































No último dia 10, estive em Serrana-SP pela primeira vez. Recebi o convite do amigo João para uma mesa literária dentro do Caipiro Rock, evento do qual eu conhecia só por ouvir falar. Da mesa também participaram o poeta Nicolas Guto e o Prof. Marco Aurélio Buzetto.
Conhecer esse evento me inspirou a ver meu próprio trabalho na literatura com um olhar novo. No ato solitário da escrita a gente quase não percebe o grau de independência que se pode alcançar. Mas ali, diante de artistas - a maioria, músicos - que cultivam a filosofia da independência... percebi que a expressão, quando livre de algumas amarras, consegue, não só se sustentar, mas sobretudo avaliar a própria condição, com mais rigor.








O Caipiro Rock tem origem em 1997, com a ideia de misturar rock com a festa junina caipira, uma maneira de abrir espaço a bandas independentes de Serrana. Já em 2001, após 4 edições, o evento já era um festival com oito bandas. A partir daí o Caipiro Rock se expande em busca de intercâmbio com outras localidades, outros artistas. É fundado o CECAC (Centro de Cultura e Ativismo Caipira). A expansão continua; além de músicos o evento promove outras manifestações culturais: teatro, cinema, workshop, palestras, sarau com alunos do CECAC, grupos de dança de rua, hip hop, sempre pautando na figura do caipira e na postura independente. Em 11 anos de existência o Caipiro Rock foi ao encontro de outras iniciativas com formatos parecidos com o seu, como o Circuito Fora do Eixo, que desde 2005 também se empenha em promover a circulação e o intercâmbio de produções culturais independentes.

A minha participação, juntamente com Guto e Marco Aurélio, na mesa literária, foi portanto uma ocasião de festa "underground". Ali pudemos contar nossas experiências na contra mão ou nas margens do mercado editorial; como tudo começou e como cada um chegou ao primeiro livro publicado.

Mas o exemplo da independência foi ainda mais expressivo na palestra que aconteceu antes da nossa. Foi proferida pelo músico e lutier Bruno, que contou, entre outras coisas, como o ofício da luteria é útil ao músico na hora de extrair do instrumento o som desejado. Sem dúvida, o verdadeiro espírito independente.

2 comentários:

  1. Olá Regina, nova querida amiga.
    Legal sua resenha sobre o evento. Foi um grande prazer ter lhe conhecido, e ao Guto também. Espero podermos nos encontrar ainda mais.

    Ah, gostei bastante de seus livros.

    Se possível, e se você tiver alguma, envie-me as fotos que o pessoal da platéia fez durante a Mesa. Eu fiquei tão imerso no debate, que me esqueci de passar a filmadora e a câmera para registrarem o momento.

    Até mais, Regina. Grande abraço.

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  2. Oi Marco! Também gostei muito de te conhecer e ouvir suas experiências com os livros. É assim que a gente aprende caminhar nesse mundo: partilhando experiências.
    Vou tentar te enviar as fotos que tenho.
    Beijos

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