quinta-feira, 19 de abril de 2012

PREFÁCIO DO NOVO LIVRO A SER PUBLICADO EM BREVE

O PROJETO REVISTA MASCULINA

Em janeiro de 2002 escrevi um conto chamado “Revista Masculina”. Nesse texto, bastante longo para um conto, eu quis criar um personagem que trouxesse consigo um perfil ou algumas características do perfil que vinha sendo mostrado em revistas, sites e programas sobre comportamento, que tratavam do homem atual. Não são poucos os artigos, crônicas, reportagens que revelam os desafios, as insuficiências, os deslocamentos e a insegurança do homem do século XXI, seja em relação à nova mulher, seja em relação às novas exigências do mundo em transformação.
Esse era o projeto daquele texto primeiro. Mas, obviamente, para um tema dessa natureza não bastou um conto. Ao longo dos anos foram surgindo muitos textos inspirados na temática: o universo masculino nesse início de século. Até 2006 foram escritos: “Close UP”, “Encanto”, “A Agressão”, “Confronto”, “Laudo de Perícia Sobre o Sr Alceu Ferrero”, “Menta”, “O Ensaio na Casa Vizinha”, “O Baile Debutante”, “Amor Pensado”, “Longe do Teu Coração”, “Quick Motion”, “Beth e Fred”, “A Conexão”, “As Torres”, “Desafetos”, “Filhos de Caim”, “Joana D’Arc”, “Os Negociadores”, “Trilogia dos Enganos”, “Aparição”, “Close Up em Marcela”, “Entrevista de Um Ator Pornô para uma Revista Feminina”, “Fraudes e Delitos”, “Futebol”, “O Homem que Quis Ver o Pôr do Sol”, “O Aquário”, “Trilogia dos Cineastas Desamparados”, “Voo Rasante” e “Verônica Boêmia”. Todos permanecem inéditos, com exceção de “Beth e Fred” que foi publicado na antologia “Elo de Palavras” (Scortecci, 2008).
Entre 2007 e 2008 eu tentei organizar esse material. Ao me debruçar sobre ele para um julgamento crítico, deparei-me com alguns textos péssimos, outros razoáveis, alguns bons, muitos inacabados e algumas narrativas longas demais, além da diversidade de construção. Percebi, sobretudo, que o propósito da coletânea inicial estava sendo “invadido” por outros temas. Tratei de fazer divisões e definir o que realmente pertenceria à coletânea, que deveria se chamar “Revista Masculina”. Então, a seleção daquele momento ficou assim: “Close Up”, Close Up em Marcela”, “O Baile Debutante”, “Encanto”, “Futebol”, “Beth e Fred”, “Fraudes e Delitos”, “Aparição”, “O Homem que Quis Ver o Pôr do Sol”, “Longe do Teu Coração”, “Entrevista de Um Ator Pornô para uma Revista Feminina” e “Quick Motion”. Uniu-se à seleção, claro, o texto que deu origem ao projeto, “Revista Masculina”. Além desses, também foram incorporados à coletânea o conto “Incidente na Academia de Ginástica”, vindo de outra coletânea inédita, “Um Dossiê Médico”, e também “Dia Útil”, retirado da coletânea inédita homônima.
Ao descartar boa parte da coletânea original, acabei unindo alguns desses textos num novo conjunto. Surgia a coletânea “Filhos de Caim”. O mais interessante, ao fazer esse novo arranjo, foi perceber que a atmosfera dessa nova seleção tinha um gosto de “livro maldito”. Entre os malditos foram selecionados: “A Conexão”, “As Torres”, “Desafetos”, “Filhos de Caim”, “Joana D’Arc”, “Os Negociadores”, “Trilogia dos Enganos”, “Voo Rasante”, “A Agressão”, “Confronto”, “Laudo de Perícia Sobre o Sr Alceu Ferrero”, “Menta”, “O Ensaio na Casa Vizinha” e “Amor Pensado”. Mais tarde foi composto para essa coletânea o conto “Memórias de Uma Infância Oculta”.
Mas voltando à “Revista”, surge agora a vontade de publicar ao menos uma pequena parte daquela seleção de 2008. Fez-se assim mais uma seleção de textos, cujo subtítulo é “O Homem Exposto”. Para este primeiro volume de “Revista Masculina”, algumas narrativas sofreram pequenas alterações. O que se intitulava, originalmente, “Encanto”, foi rebatizado de “O Homem Encantado”. Já “Close Up” e “Close Up em Marcela”, tornaram-se apenas “Close Up”, pois o segundo título era apenas continuação do primeiro. Unem-se a elas: “Beth e Fred”, “Entrevista de Um Ator Pornô para uma Revista Feminina” e “Quick Motion”. De modo geral prefiro não nomear de Contos esta seleção, e sim apenas de Narrativas, visto que os recursos de linguagens usados em alguns textos vão além do tradicional Conto. “Quick Motion”, por exemplo, segue um formato de roteiro de televisão ou cinema, embora também não tenha a intenção de respeitar rigorosamente o padrão de roteiro. “Close Up” segue essa mesma linha; aqui o leitor é conduzido por uma câmera para observar o diálogo do casal Marcelo e Marcela. Em “O Homem Encantado”, o diálogo entre o Diretor e o Ator se faz sem a presença de um narrador. Aliás, o subtítulo “O Homem Exposto” decorre também dessa referência ao homem contemporâneo como objeto de observação de mídias, como a televisão e a revista.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O TITANIC E O IMPERIALISMO

Quando menina, tive em mãos um livro de história que elencava, cronologicamente, os grandes fatos históricos, de maneira resumida, como uma sequência de flasches. Me chamou a atenção ver entre os fatos, normalmente de natureza política e econômica, um acidente marítimo. Dali em diante, tudo que dizia respeito ao naufrágio do Titanic me despertava interesse. Acho que eu esperava encontrar alguma relevância do acidente para a história geral, mais do que um fato importante apenas na história marítima.
Não devemos ignorar a repercussão mundial que o acidente ganhou, graças ao papel da imprensa na época, mas também podemos considerar que o naufrágio aconteceu no auge do chamado Imperialismo, o que nos remete a um momento de intensa animação capitalista. O imperialismo é marcado pelo domínio territorial de algumas nações, fortalecidas pela Revolução Industrial, e que buscavam novas fontes de matéria prima e mercado consumidor. Esse fenômeno, que percorre do final do século XIX a 1914, tem no Reino Unido seu maior exemplo de expansionismo. Seu domínio atinge a Índia, a África do Sul, a China... A Europa toda vive nesse espírito de fortalecimento político, conflitos de classes, competição desenfreada, expansão territorial e cultural, exploração de reservas naturais... O mundo vive as consequências do apogeu do capitalismo clássico (europeu). A Indústria desenvolve tecnologias num ritmo acelerado. A corrida armamentista transformou algumas nações imperialistas em potências bélicas, além de construir alianças entre elas.
É nesse cenário que é construído o transatlântico Titanic, pela White Star Line, do Reino Unido. Não há como não associar a tecnologia e o luxo do navio à prosperidade política e industrial, buscada na época com um empenho nunca visto.
O acidente, portanto, carrega uma marca, um tom, que nos liga àquele espírito de competição e turbulência. A ironia do acontecimento fica por conta dos primeiros registros da causa do naufrágio: um iceberg!... Como pode um mundo que aprendera a dominar a natureza para arrancar-lhe os recursos necessários aos seus projetos, ser surpreendido por essa mesma natureza e sofrer uma das maiores catástrofes até então?
Sem que haja nenhuma relação entre o acidente e a política, apenas dois anos depois do naufrágio do Titanic, a Europa inicia a Primeira Guerra Mundial, que ao longo dos quatro anos de duração mergulha o continente num dos mais trágicos feitos históricos. Como sabemos as nações mais poderosas do período, como o Império Britânico, saíram vencedoras da guerra. Mas a devastação e as crises subsequentes, de toda ordem, fizeram diminuir o ritmo daquela luta de titãs.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Convite da educadora Heloisa Martins Alves

2º Concurso Literário – Prosa e Poesia
Centro Cultural Palace, 04 de abril, quarta-feira, 19:30hs.
Realização: E. E. Otoniel Mota – 105 anos
Centro Cultural Palace – Academia Ribeirãopretana de Letras
AMEC (amigos, moradores e empresários do centro de Ribeirão Preto)
Tema: “O que te traria ao centro de Ribeirão Preto”
Coordenação Musical – Gustavo Molinari
Apresentação – Meire Teixeira

Abertura: Gustavo Molinari e Lívia Andreoni (aluna do 3º ano da E. E. Otoniel Mota)
Piano e violino – “Allegro” de Fiocco

Menção Honrosa prosa – Prof. Cícero Gomes da Silva
Lívia Andreoni – 3ºA – “Centro Cultural”
Menção Honrosa prosa – Mariângela Bistane Villas Boas
Marciele da Silva Maciel – 3ºE – “Vamos clamar a arte”
Menção Honrosa prosa – Maris Ester (Pres. Casa do Poeta e do Escritor de Rib. Preto)
Lucas Buosi – 3ºE – “Quando passado e presente encontraram-se para discutir a possibilidade de um futuro melhor”

Poesia e violino – Lívia e Vítor (alunos do 3º ano do Otoniel Mota) – Pablo Neruda
Canto e piano – Gustavo Molinari e Carol Strakovinch – “O mio babino caro”

Menção Honrosa poesia – Profa. Gertrudes Ferreira (Dirigente Regional de Ensino)
Ana Beatriz Cunha – 3ºF – “Onde me encontrar”
Menção Honrosa poesia – D. Dumara Jacintho
Dryelli Pena César – 3ºA – “É com esse calor pluricultural”
Menção Honrosa poesia – Marcos Ferreira
Júlia Machado Jorge Gomes – 3ºH – “Da minha cadeira eu vejo”

Piano – Rafael Gomes – Lecuona – Gitanerias
Prokofieff – Marcha

3º lugar prosa – Dinah Ataíde (ex-diretora)
Júlia C. L. Canal – 3ºF – “Histórias”
3º lugar poesia – Helena Siqueira (ex-diretora)
Francine Lazari Salomão – 2ºJ – “O centro de Ribeirão é cheio de emoção”
3º lugar poesia – Elisabete de Carvalho Spósito
Ana Clara Lima de Assis – 3ºC – “O que me levaria ao centro de Ribeirão?”

Voz e violão – Vítor Floriano

2º lugar prosa – Cristiane Bezerra
Ana Carolina Betarelo – 3ºE – “Naquela esquina”
2º lugar poesia – Eliane Ratier
Milca S. Galvão – 3ºA – “Centro, esconderijo da cultura”

Canto – dupla Melí e Meliê – professora Rosemary ao piano

1º lugar prosa – Débora Vendramini (Secretária da Educação)
Marina Sanches de Oliveira – 3ºA – “Andando nos paralelepípedos”
1º lugar poesia – Adriana Silva (Secretária da Cultura)
Angélica Myeko Kamada – 3ºA – “O que os olhos não veem o centro faz sentir”

Encerramento: duo piano e acordeon – Gustavo Molinari e Ed Lemos
“Zingaresca” de Pablo de Sarazate