quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Inspirado no LIVRO DE JÓ


JÓ SUBJETIVO

O chão, perverso e insensato, o chão e a cinza
A cinza, a cinza para o corpo, o corpo para a cinza
O alívio distante, o fogo diminuindo tudo
Por fora e por dentro

Chão de cinza, suporte para um corpo
Diminuído em sufoco e dor
Cacos de cerâmica em que busco alívio
Alívio que não chegará antes
Da palavra final!
Oh, podridão da carne...
Por que essa carne geme de doença
E dúvida?
No início, quando só a extensão da vida
Se apagava e me deixava sem a vida
Que tanto me ocupava com alegria
E dever, construção e graça,
Tive força ainda para proclamar
A fidelidade de filho obediente
Perdi bens e vi morrer filhos e filhas
Mas meus olhos ainda eram
Feitos para o céu
Dos domínios do céu fui banido
Quando o manto perdido
Mostrou-se pouco para a vida
Quando a tortura do corpo me assaltou
Vi meu corpo exposto
Aos mesmos desmandos do Caos
A pele que se preservava
E que, em humilde submissão,
Despira do nobre manto
Tornou-se alvo do estranho propósito
Expondo a minha total impotência

A dor se tornará silêncio...
Para que outro propósito se afirme
Palavra demanda razão
Que não se concilia com a dor
Mas o pensamento floresce
Enquanto o ar tem entrada

Olho para a doença e estabeleço novo laço
Compreendo a intimidade com a pureza
E nem por isso fujo
De reconhecer minha consciência
Neste corpo castigado
Nele vejo a história de perdas e mortes
Contudo, reconheço ali a pureza
A condenação toma distância
Encontro refúgio na dor
Ela que não me permitia pensar
Agora se alia ao pensamento
Enquanto me deforma
Também me transforma
A consciência mantém seu cedro
Mas a memória tem aroma de inocência
Posso comungar com a pureza
E suspirar de leveza
Em plena ferida da carne
Poderia sorrir se isso não ferisse
De escândalo meus três amigos
Que vieram se consolar comigo
E me fazer companhia no chão
Da desgraça lamentosa
Lamento em silêncio
Sem palavras previsíveis
Em que poderia eu me perder
Se não percebesse à espreita da amizade
A instalação de um severo tribunal

Por que vocês não vão embora?
Por que vocês querem me ferir ainda mais?
Não basta o que estão vendo?
Precisam testemunhar
O que não quero que ninguém veja?
E se não quero ser visto,
É por que preciso ficar só
Para pensar sem ter que falar

Mas é preciso falar, gritar e gesticular
Tomem o meu grito... “Ai”
Mostrem seu verdadeiro desígnio
Querem ouvir meu gemido de dor?
Querem chorar mais diante do céu?
Não sou estrategista e não penso como criminoso
Minha defesa não se pauta em estratégia
Para despertar compaixão de ninguém
Sou miserável e estou falando para que me ouçam
Um homem precisa ser mais que sua defesa
A defesa precisa ser mais do que lei
Pois a lei é para todos, mas a defesa é pessoal
Cabe a mim provar que alguém
Quem quer que esteja instigando Deus contra mim
Está deturpando a redação da lei
Inverte o seu raciocínio
Para confundir a nós, seus subordinados
Eis a única explicação para a sentença...
Meu sofrimento não é pelo crime,
É sim, prova de resistência!...
Olhem para cima e deixem Nosso Pai falar
Desconsideremos seu instigador
A resposta é não!
O que era para se esperar
Negam minha defesa e recusam meu argumento
Expõem a lei até o esgotamento
Minha versão não lhes anima o coração
Então a comunidade me abandona!

Por querer conservar a lei
Vocês não estavam prontos
Para meus gritos de revolta ou defesa
Menos ainda se dispõem
A ouvir a desconstrução da verdade
Que tem sustentado suas leis
Minhas palavras são surpresa
Porque o inusitado se introduz na minha voz
Cujo eco vem do escuro
Mistério para quem me ouve

Evidencio minha inocência
Pelo temor dos quem detêm a lei
Quero conduzir minha defesa
De modo a preservar o tribunal
Sem destruir suas colunas
Mas as contradições estruturais
Mancham a perfeição do templo
Se minha defesa deve ser completa
Não há desejo de vingança pela injustiça atuante
Rogo por justiça plena
Em todas as instâncias da vida
Eu, Jó, não pedirei a morte
Antes de estabelecer com o tribunal
Uma relação amistosa
Uma sombra de diálogo
Sob uma árvore generosa
Uma relação onde minha voz ecoe
Sob garantia de um julgamento justo
Eis que busco o esgotamento
Da questão que vocês recusam
Mas minha observância fará efeito
Na vida real do meu povo
Pois é na falência que identifico
O rosto do irmão diminuído
Pelo mesmo braço opressor
Que agora me enterra
Já que um dia eu o acolhi
Agora sei que somos iguais

Sob o mesmo olhar contemplativo
Somos todos acompanhados
Eu, com os outros “pecadores”
Resistimos à lei dos grandes
Porque o verdadeiro crime será revelado
Na consciência alheia do criminoso
Na história da inteligência de Deus
Quando a escrita perpetuar as lembranças
De uma lei a ser questionada
E de uma frase a ser anunciada
Com humildade de criatura mortal:
“Foi por nada que me instigaste contra Jó”

sábado, 17 de setembro de 2011

A Ciência

Tive a sorte de ter conhecido minhas avós, a paterna, Mariana, e a materna, Ana Marcelina. Eu adorava tê-las por perto. Mas quando elas se foram, eu entendi que perder avós era coisa normal. A avó materna morreu quando eu tinha seis anos. Quando a paterna morreu eu tinha uns quinze anos. Essas duas velhinhas eram bem diferentes uma da outra, mas para mim eram iguais. Ambas me deixaram o mesmo retrato como herança: eram muito voltadas às coisas "dos céus". Mariana era católica fervorosa, do tipo que segue os preceitos da Igreja com fidelidade invejável. Ana era benzedeira. Curava problemas de saúde dos outros com rituais e procedimentos, digamos bem naturais.
Mariana e Ana me ensinaram a gostar da tradição e da natureza. Respectivamente. Mas por alguma razão que eu desconheço, essa herança teve pouquíssimo peso na minha concepção de mundo e de crença. Assumo que sou extremamente cientificista.
Para ser cientificista não é preciso ser cientista. Na verdade minha formação acadêmica tem sim muito a ver com meu pensamento: sou formada em Ciências Sociais. Mas isso não é tudo: a gente se torna cientificista por causa de outros processos além da formação acadêmica. No meu caso, eu não sei com clareza quais são esses processos. Na verdade eu sei, mas seria um tédio ficar explicando.
O fato é que me irrito cada vez que testemunho a insuficiência da Ciência. Me causa repulsa o fato de a Ciência (junto com o Estado) se mostrar tão impotente, tão conivente com crendices, tão medíocre. A saúde do corpo é problema da Ciência, o bem estar da mente é problema da Ciência. Não aceito outra solução.
Quanto à Religião, quanto às crenças tradicionais, que herdamos de um período anterior à emancipação da Ciência... entendo que elas são nossa chance de recolhimento. O homem precisa se recolher de vez em quando, precisa respirar um ar diferente do que respira no dia a dia. O homem precisa ter seu momento com deus, nem que seja muito raramente. Portanto, é necessário que conservemos a Religião.
Mas para as coisas práticas, materiais, físicas, cotidianas, lucrativas, vantajosas, estratégicas... temos a Ciência. Criamos a Ciência.
Não faz sentido misturar as estações. Não é porque a Ciência e o Estado caem em descrença a todo momento, que somos obrigados a recuar séculos e séculos e esquecer o que aprendemos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

escrever em terceira pessoa

Dentro das muitas experiências que já fiz na escrita, nenhuma jamais se colocou como um desafio tão grande quanto escrever romances em terceira pessoa. E é engraçado dizer isso porque minha primeira tentativa séria de fazer um romance - "Poênia" - foi em terceira pessoa. Mas como havia a consciência de que aquilo era só um exercício, não me preocupei tanto. Com o tempo fui notando essa dificuldade. Eu achava interessante que no conto essa dificuldade não aparecia; eu narrava com tranquilidade no conto, mas no romance sempre vinha aquela urgência de jogar a responsabilidade da narrativa no ombro de um personagem. Assim aconteceu com "Exército Particular", "Cárcere Privado", "Cronos", "Ato Penitencial".
Certa vez, acho que antes de "Cronos" e do "Ato", eu me meti num projeto de romance que parecia simples, a tal ponto que eu "ousei" escrevê-lo em terceira pessoa. Algo deu errado; não sei se foi a temática, o universo do livro, o grande número de personagens, os núcleos de tensão que os envolviam... ou se foi tudo isso somado a minha falta de preparo para escrever romances em terceira pessoa... O fato é que cada vez que carregava o enredo até lá pelas 100 páginas, eu entrava num profundo estado de insatisfação e voltava lá atrás, querendo mudar tudo ou começar tudo do zero. Esse processo se repetiu várias vezes. Quando me dei conta de que o livro caminhava mas não respirava... quando me dei conta de que o livro tinha um enredo mas não uma pulsação... decidi parar de vez.
Parar de vez quer dizer que não parei só com aquele livro; parei com tudo. Parei com outros projetos, parei de ler, parei até de pensar... O primeiro bloqueio criativo a gente nunca esquece!
Por quase três meses vivi como um androide, sem alma, sem sentimento nenhum, indiferente a tudo e a todos. Mas aí aconteceu uma coisa estranha (que eu conto em outra oportunidade) e eu saí do bloqueio. Compreendi que a culpa pela pane na minha mente se dera por vários fatores ligados ao livro; o bendito romance que me derrubou tinha muitos elementos que eu não conseguia dominar. Na verdade não era um grande romance, nada mega fantástico, não. Era coisa boba, coisas do cotidiano... por isso mesmo eu estranhei essa barreira toda!... De qualquer forma, ao sair do bloqueio, tratei de tomar mais cuidado comigo mesma: decidi voltar a me apoiar no ombro do personagem. Escrevi em poucos meses a primeira versão do "Ato Penitencial" (onde o protagonista é o narrador).
Bom, depois de tantos apuros, eu acho que amadureci um pouco: percebi que para ganhar segurança nos romances, como eu tinha nos contos, escrevendo em terceira pessoa, eu precisava de uma marca, um jeito meu de escrever, ou seja eu precisava criar uma personagem fixa (eu) ou arrancar de dentro da cidadã Regina, uma Regina narradora. Então me embrenhei por outro livro-exercício (como tinha sido "Poênia"). Foram páginas e páginas contando a história de uma jovem, Apolônia, criada pelo pai para ser uma mulher absolutamente livre, como um homem... O enredo parece bom? Talvez fosse? Mas o que me interessava era só a linguagem, o jeito de escrever, a sintaxe... sei lá, o estilo...
Sim, eu devo muito a Apolônia. Acho que consegui!
Então em novembro de 2009 eu dei por terminado mais um romance: "A Performance"... corajosamente escrito em terceira pessoa!
Atualmente, enquanto me preparo para lançar o "Ato" (que faz parte daquela minha fase covarde), ando trabalhando em outro romance "A Política Segundo Dani Scarpini", também em terceira pessoa.
Termino deixando um trechinho de Dani Scarpini:

"O tempo só é devidamente equacionado por Dani quando a eficácia do trabalho eletrônico no escritório da construtora distrai um pouco o tormento da solidão, a agonia atemporal que desafia o poder de compreensão da razão. Uma vez que geramos todas essas facilidades tecnológicas de produção, é preciso reconhecer que elas estão em acordo com o pensamento, ainda que esse pensamento permaneça refém de algum sistema educacional e reprodutivo determinado sem a consideração do essencial humano. Fugir da agonia é tudo que interessa ao essencial humano de Dani desde que conhecera a rejeição de Vit. Por isso a tecnologia no trabalho é avaliada como saudável, pois uma vez que os números se engrenam com tanta rapidez às contas da empresa, uma vez que Dani conquista diariamente a confiança dos patrões para sua capacidade de trabalho eficiente, uma vez enfim que a dinâmica das tarefas não lhe permite parar para chorar o amor perdido, seu equilíbrio está garantido... Estando a vida material preservada pela estabilidade no emprego, o coração e suas fraquezas ficam sob responsabilidade total do corpo que os comporta. Dani sente-se responsável por sua própria felicidade. Para livrar-se da dor daquela paixão maldita é preciso primeiro seguir as ordens do dia e ocultar de todos o seu flagelo sentimental, pois um drama íntimo torna-se maior se for assistido por curiosos. Assim pensa Dani Scarpini.
O tempo não é mais do que tempo de cumprir as determinações dos tribunais do mercado. Há um discurso que preza pelo crescimento econômico. Dani aprendera a analisar os discursos dos jornais e de todas as mídias. Não está clara a origem desse dom, mas o fato é que Dani sente necessidade de investigar o discurso. Jamais aceita os noticiários como eles lhe vêm. Nunca. Discursos são entidades sempre suspeitas. Elas dizem “A” quando querem transmitir “B”. E o pior é que nem elas, as entidades do discurso, conseguem perceber o que estão dizendo: não podem saber se estão dizendo A ou B. Somente o político profissional do século vinte e um é capaz de ler a real intenção do discurso. É verdade que esse profissional forjará algumas vezes a interpretação, mas até aí reinará seu profissionalismo: uma vez que esse herói interpreta o discurso e percebe ali uma controvérsia em relação a sua essência política (seu princípio ou interesse)... haverá ali um malicioso arranjo para que a interpretação soe como a leitura mais coerente daquele discurso.
Mas no caso de Dani não há razão para camuflagem porque sua leitura da realidade por meio das mídias não afetará o pensamento de outras pessoas. Dani não faz uso dos recursos da comunicação virtual como Blog, Site, Orkut ou outros recursos capazes de transmitir pelo ar sua visão das coisas. Acha que tudo isso é coisa chata. Assim, Dani não vê motivo para se ocupar com metodologias de divulgação de suas ideias que constrói quase que espontaneamente. Dani portanto só trabalha para si. Toda sua malícia para leitura e interpretação dos discursos só está a seu serviço. Não há razão para acreditar-se pertencente ao mundo dos deuses. Dani tem plena consciência de que seu dom não lhe concederá nada de especial nesse mundo, não lhe concederá melhor salário, não lhe concederá status, não lhe concederá condições de conquistar Vit... mesmo porque Vit talvez tenha percebido seus dotes e mesmo assim não se impressionara a ponto de conservar a relação. De que adianta tanto poder, tanto dom, quando não se pode ganhar o amor do ser amado?"

sábado, 3 de setembro de 2011

Babel e o Onze de Setembro


Numa certa etapa da minha adolescência eu tive um livro de inglês, pedido pela Escola, no qual havia muitas fotos de cartões postais dos Estados Unidos e da Inglaterra, para nos incentivar a aprender a língua deles. Uma dessas fotos mostrava o WTC, dois prédios ladeados, iguaizinhos e muito altos. Nessa foto havia um belo céu azul e uma luz forte cobrindo o panorama. Movida pelo gigantismo das torres, eu gostava de imaginar-me gigante também. Então imaginava que estava no topo de uma delas e com um simples passo alcançava o outro prédio gêmeo.
Sempre tive certa preguiça em aprender línguas. As fotos do livro de inglês me estimulavam mais a imaginação do que o gosto pelo idioma inglês.
A imaginação tem um poder incrível na nossa capacidade cognitiva. Não se deve desprezá-la. Foi por causa da imaginação que guardei comigo aquele céu azul, aquela luz, aquele gigantismo... a lembrança de querer ser norte-americana. Um sonho...
Na manhã do dia 11 de setembro de 2001 eu estava ocupada no trabalho. Não tinha internet no meu computador. O único sinal de que aquela manhã era diferente das outras eu senti quando, por causa de tarefas do trabalho, liguei para o setor de câmbio do banco para saber a cotação do dolar. Alguém oferecera ao padre, meu patrão, a proposta de assinatura de um jornal italiano, cujo preço estava em dolar. Ou seja, quando liguei para o banco, eu não estava interessada em investir na moeda americana, mas só me informando de quanto custaria a assinatura do jornal em reais. Percebi porém que o funcionário do banco estava nervoso. Ele me atendeu como se a minha pronúncia da palavra dolar fosse uma provocação. Senti que, embora falássemos a mesma língua, não estávamos sintonizados no mesmo assunto. Havia algo estranho no ar...
Mais tarde, por volta das quinze horas, minha colega de trabalho chegou para trocarmos de turnos. Ela vinha falando de coisas que tinha visto pela TV, gente saltando pela janela de prédios, aviões batendo em prédios em Nova York. Citou o WTC e imediatamente lembrei da imagem com o céu azul e a luz banhando as torres gêmeas do meu livro de inglês.
Essa é a lembrança que tenho do Onze de Setembro: meu desprezo ou preguiça no empenho em aprender línguas estrangeiras. Sem compreender o que acontecia - porque de repente eu era uma estrangeira dentro da minha cidade - perambulei pelo centro dessa cidade a ver, nos aparelhos de TV das lojas, as cenas de Nova York atacada.
Mais tarde, em casa, eu assistiria a todos os noticiários sobre os ataques e continuaria sem entender. Os jornalistas falavam, falavam, eu não compreendia o que estava acontecendo. Vinham os especialistas em política; eles falavam, falavam, e eu não compreendia.
Mas as imagens... elas que não paravam de passar e circulariam pelas mídias por dias, semanas, meses, anos...
As imagens mostravam claramente, num brasão do ocidente, um punho gigante kafkiano destroçando a cidade.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

programação do Congresso da UBE


Congresso Brasileiro de Escritores amplia programação
Veja aqui os escritores que já confirmaram palestras.

Palestras:

Frei Betto – “Os escritores e a ditadura” – 13/11às 10h
Levi Bucalem Ferrari – “O escritor e a política” – 13/11 às 10h
Sueli Carlos e Armando Taminato – “O Mutirão Cultural da UBE e a importância da palavra falada na comunicação” – 13/11 às 10h
Jorge da Cunha Lima – “A cultura na era digital” – 13/11 às 14h
José Eduardo Mendes Camargo – “O Projeto Usina dos Sonhos” – 13/11 às 14h
Dirce Lorimier e Paulo de Assunção – “Projeto Memória da UBE” – 14/11 às 14h
Laura Bacellar – “Conversa de uma editora com autores desorientados” – 14/11 às 14h
Antonio Penteado de Mendonça – “O papel das academias de letras” – 14/11 às 14 h
Affonso Romano de Sant’Anna – “Ler o mundo: um desafio” – 14/11 às 16h
Severino Antônio – “A crise da leitura e os processos criativos: uma escuta poética” – 14/11 às 16h
A. P. Quartim de Moraes – “Mercado vs. Literatura brasileira – singularidades do mercado editorial” – 14/11 às 16h
Mouzar Benedito – “O saci como ícone de identidade nacional na literatura” – 14/11 às 16h

Oficinas:

Deonísio da Silva – “A arte de narrar” – 13/11 às 16h
Severino Antônio – “Escrever é desvendar o mundo” – 13/11 às 16h
Ruth Guimarães – “Composição crônica” – 13/11 às 16h

O Comitê Organizador do Congresso Brasileiro de Escritores, com base nas primeiras 200 inscrições, que indicaram a necessidade de ampliar o espectro de possibilidades de participação, decidiu reorganizar os horários. Veja como ficou definida a programação:

Dia 12 de novembro, sábado (manhã):
9h – Credenciamento
10h – Cerimônia de abertura

Dia 12 de novembro (tarde):
14h – Mesas redondas

(Anfiteatro 1): Autor/editora – conflito ou parceria?
Karine Pansa – presidente da Câmara Brasileira do Livro
Betty Milan, escritora e colunista da Revista Veja
José Castilho, presidente da Associação Brasileira das Editoras Universitárias
A. P. Quartim de Morais, jornalista e editor

(Anfiteatro 2): Em defesa das biografias
Alaor Barbosa, escritor, representando Goiás
Newton Lima, deputado federal (ex-reitor da Univ. Federal de São Carlos)
Fernando Morais, escritor
Mediação de Audálio Dantas, segundo vice-presidente da UBE

(Teatro): A questão do direito autoral
Luís Mir, historiador e escritor
Sérgio Molina, representando os tradutores
Palma Donato, viúva do escritor Marcos Rey
Cláudio Willer, escritor e diretor de Políticas Culturais da UBE
Mediação: Paulo Oliver, conselheiro da UBE


Dia 12 de novembro (tarde)
16h30 - Debate
(Teatro): O escritor e o estado: as políticas públicas para a literatura
Fabiano Piúba, diretor da Diretoria do Livro e Leitura do MINC
Rosely Boschini, ex-presidente da Câmara Brasileira do Livro
Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros
Presidência de Cláudio Willer, diretor de Políticas Culturais da UBE

Noite livre

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Dia 13 de novembro, domingo (manhã)

10h às 12h – Oficinas literárias

(Sala 1): Composição conto – Menalton Braff, diretor de Integração Nacional da UBE
(Sala 2): Composição teatro – Renata Pallottini, poeta e dramaturga, primeira vice-presidente da UBE
(Sala 3): Crítica literária – Maria Zilda da Cunha, professora da USP
(Sala 4): Literatura juvenil: foco narrativo – Pedro Bandeira, escritor

10h às 12h – Palestras

(Anfiteatro 1): Os escritores e as ditaduras – Frei Betto, escritor
(Sala 6): O escritor e a política – Levi Bucalem Ferrari, escritor e sociólogo
(Sala 7): O Mutirão Cultural da UBE e a importância da palavra falada na comunicação – Armando Taminato, escritor, e Sueli Carlos, escritora e secretária geral da UBE


Dia 13 de novembro, domingo (tarde)

14h às 16h – Palestras

(Anfiteatro 1): Jornalismo literário – José Nêumanne Pinto, escritor e jornalista
(Anfiteatro 2): Cultura na era digital – Jorge da Cunha Lima, escritor e vice-presidente da Fundação Padre Ancheita
(Sala 3): O projeto Usina de Sonhos – José Eduardo Mendes Camargo, escritor e diretor da UBE


14h às 16h – Mesas redondas
(Anfiteatro 2): Governo e autor – fomento ou privilégio?

Maria Antonieta da Cunha, secretária executiva do PNLL
José Domingos de Brito, escritor
Célio Turino, diretor de Relações Governamentais da UBE
Mediação: Renata Pallottini, vice-presidente da UBE

(Anfiteatro 3): Literatura, exclusão e marginalidade
Marcelo Ariel, poeta
Juliano Garcia Pessanha, psicólogo e professor
Mariana Ianelli, poeta e crítica literária


16h às 18h – Oficinas literárias

(Sala 4): Escrever é desvendar o mundo – Severino Antonio, escritor e educador
(Sala 5): A arte de narrar – Deonísio da Silva, escritor e diretor da UBE
(Sala 6): Poesia e artes plásticas: diálogos – Raquel Naveira, escritora e diretora da UBE
(Sala 7): Composição crônica – Ruth Guimarães, escritora e membro da Academia Paulista de Letras
(Sala 8): Da inspiração à publicação – May Parreira e Ferreira, escritora


Dia 13 de novembro, domingo (noite)

Evento cultural
Lançamento coletivo de livros no saguão. Organização a cargo da Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto.
Este evento será aberto ao público geral, com participação franqueada a pessoas que não se inscreveram para o Congresso Brasileiro de Escritores de 2011.

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Dia 14 de novembro, segunda-feira (manhã)

10h às 12h – Comunicações
Disposição das salas depende do número de inscrições

10 às 12h - Conferências

(Anfiteatro 1): Multiculturalidades: a contribuição de várias culturas para a formação da língua portuguesa
António Cabrita, escritor português
Maurício Melo Júnior, apresentador do programa Leitura, da TV Senado
Mediação de Nicodemos Sena, diretor tesoureiro da UBE

(Anfiteatro 2): A experiência de regionalização da UBE
Representantes de Seccionais e Núcleos da UBE
(coordenação de Menalton Braff, diretor de Integração Nacional da UBE)


Dias 14 de novembro, segunda-feira (tarde)

14h às 16h – Palestras

(Sala 1): Projeto Memória da UBE – Dirce Lorimier, escritora e diretora da UBE, e Paulo de Assunção, escritor e historiador
(Anfiteatro 1): Conversa de uma editora com autores desorientados – Laura Bacellar, escritora e editora
(Anfiteatro 2): O papel das academias de Letras – Antonio Penteado de Mendonça, presidente da Academia Paulista de Letras


16h às 18h – Palestras

(Anfiteatro 3): Ler o mundo: um desafio – Affonso Romano de Sant’Ana, poeta
(Sala 1): A crise da leitura e os processos criativos: uma escuta poética – Severino Antonio, escritor e educador
(Sala 2): Mercado vs. literatura brasileira - singularidades do mercado editorial – A. P. Quartim de Moraes, escritor e jornalista
(Sala 3): O saci como ícone de identidade nacional na literatura – Mouzar Benedito, escritor e jornalista


Dia 14 de novembro, segunda-feira (noite)

18h – Evento Cultural
Sarau Poema & Crônica, no saguão, com apresentação da orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

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Dia 15 de novembro, terça-feira (manhã)

10 horas: Exposição-síntese crítica do Congresso Brasileiro de Escritores 2011, por Fábio Lucas, crítico literário, membro da Academia Paulista de Letras e conselheiro da UBE

10h30: Palestra do deputado federal Gabriel Chalita: “A regulamentação da profissão de escritor”

11h - Anúncios importantes e votação do Manifesto dos Escritores Brasileiros

11h30 – Entrega do Troféu Juca Pato ao geógrafo e professor Aziz Ab’Sáber

12h: encerramento