terça-feira, 25 de outubro de 2011

Escola para quê?


Alguém sugeriu que a escola deveria ser extinta. Teve também alguém que sugeriu que a escola deveria mudar, romper com alguns padrões que já duram há anos, como a posição das carteiras enfileiradas. Alguém já propôs que os pedagogos com mentalidade do tempo da palmatória deveriam ser identificados e recusados no sistema de ensino. E que o mesmo deveria acontecer com os professores que devoram métodos de adestramento para ensinar, como se lidassem com animaizinhos prodígios. E outros ainda mais nervosos sonham com o tempo em que a Escola descerá do salto alto e dará o braço a torcer para a Televisão. (Estes mesmos entusiastas nervosos têm propostas nervosas também para o modelo de Televisão).

Mas no Brasil, qualquer fórmula para a Educação, gerada no laboratório da revolta, está condenada à gaveta. Se por um lado, esse arquivamento garante ao sistema um alívio (afinal, nada mais seguro para a ordem do que uma classe de alunos repetindo em coro qualquer coisa que a professora mande), por outro lado, esse arquivamento garante que a Escola se preserve na função para a qual ela vem sendo moldada pela democracia brasileira: sensibilizar eleitores em tempo de eleição.

A foto da postagem foi tirada da Web, por isso não tem o nome do fotógrafo.

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