quinta-feira, 12 de julho de 2012

olho de vidro - parte III


                No capítulo Mirabilia, do livro “Olho de Vidro”, Márcia Tiburi nos conduz à reflexão da imagem enquanto fenômeno, aquilo como aparece a uma consciência. E que, nesse sentido, a imagem televisiva teria o caráter de fantasmagoria ou inconsciência. Se a consciência filosófica quer conhecer a imagem enquanto geradora de efeitos (o que lhe permitiria obter domínio sobre ela, tal como Perseu vence a Medusa fazendo-a ver sua própria imagem), a inconsciência televisiva faz-se condição para o que comporta o chamado regime dos sentidos. O foco seria a “relação que define uma potência da imagem entre a coisa vista e o visível” (pg 91) e na história do domínio da imagem vem cumprindo o papel de registrar – ou seria eleger - as imagens determinadas para atrair atenção. A televisão, portanto, surge como uma nova etapa dessa história que remonta às imagens expressas nas cavernas e atravessa a pintura, a fotografia, o cinema.
Logo, a política na qual a televisão está inserida não é recente, não é extraordinária, mas existe desde que existe o fascínio pela imagem. A televisão apenas abre uma etapa de superespecialização desse poder.
No próximo momento, mais notas sobre esse capítulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário